"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Estrelas do Coração

 



Estrelas do Coração

 

Fui andar nas águas do mar sem imaginar

Deixei a espuma escrever o sonho na areia

Nas palavras a jangada de conchas disporia

Um arco de estrelas para o vento guiar.

 

A espuma singrou na jangada de alegoria

 As palavras sorriam vendo areia quente

No entanto a jangada ficou muito ciente

Que o vento suave, velejava com sabedoria.

 

Nas águas seguiu os sonhos flamejantes

Encantados nadavam como amantes    

 No verão febril, mergulhavam no lume.

 

A jangada dos sonhos a sensível emoção.

A noite é saudade, nas estrelas do coração.

As ondas sussurram, “Amar” é um perfume.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



A Flor de Papel

 


A Flor de Papel

 

 

As lanternas da solitude me adverte

Nas dobraduras do tempo vem harmonia

O equilíbrio é flexível na água   medite,

O meu sorriso no espelho é minha poesia.

 

Os origamis são receitas de sentimento

O tempero apura os sonhos, no fogão.

E o pensamento direciona os momentos

A música me conduz na paz do coração.

 

O tempo passa nas artes e espalha alegria

As vibrações são estatísticas do carinho

Sobem e descem a montanha da euforia

A harmonia sorri solicita o pergaminho.

 

A vida é leve como a brisa do mar

A harmonia abraça as águas de anil

A bola de sorvete equilibra se amar

Eu sou flor de papel viajando no rio.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®



 


Poeira de Poesia

 




Poeira de Poesia

 

Onde está o caminho iluminado

O momento precioso desejo alcançar

Nas asas vou encontrar o inesperado

O meu rumo é como poeira a dançar.

 

O caminho da águia é bela aquarela

O sol é chama e azul do mar encanta

A coruja ao voar revela da alma a estrela

Sabedoria no coração na poética canta.


O caminho do bem e da luz é sabedoria

É as aves alçando o céu na consagração

Bela a águia na jornada é sua senhoria

No eixo azul a cor leve da inspiração.

 

A lua é serena no arquétipo que perpetua

É o oásis das asas, a solitude da alquimia

No olhar da coruja a alma profunda flutua

Encanta a vida que inspira e respira poesia.

 

Marli Franco

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As Duas Aves


 

As Duas Aves

 

Uma escrivaninha se esconde na clareira da alma.

 

Na mesa a águia pousada em um descanso da longa jornada.

A coruja que enfeita a estante da sala saiu do lugar de honra, foi alçar um voo noturno.

Se fez necessário averiguar tal qual um detetive, como estava a sua Dona vagando nas terras concretas da mente.

Ao levantar suas asas logo chegou sob a luz do luar. Fez seu pouso na árvore mais próxima. Logo notou o que se passava e entendeu o ocorrido, sua Dona ficara presa.

 

 A sua Dona estava longe dias e mais dias da sua sala. Em sua sala ela abre logo de manhã as janelas para o sol beijando as réstias de luz. Lá onde ela todos os dias abraça o vento com seu sorriso gentil.

 

Então era isso que estava ocorrendo, sua Dona estava presa em um mundo onde não conseguia sair. Um lugar que estavam sugando sua leveza e não podia alçar voo e voltar para sua sala, o seu refúgio onde era seu verdadeiro lugar.

 

A coruja viu tudo com seu raio de 360 graus e voltou antes da madrugada findar e o sol raiar.

E assim fez seu pouso na mesa ao lado da águia que com um só olhar da coruja, saiu do seu descanso para salvar sua Dona.

Em um voo perfeito a águia seguiu rumo ao sol, viu logo quem procurava. E assim mergulhou em um rasante e capturou sua Dona. Foi alçando voo de 180 graus direto ao céu novamente.

Em pleno voo levou-a reviver ao sol e com sua luz dourada. E assim fez a águia um resgate perfeito.

 

 A vida voltou com sua Dona de volta ao refúgio.

O mundo voltava ao normal, agora ninguém mais ficaria no descanso. As duas aves se olharam e em silencio confirmam são pilares de proteção para sua Dona.

Ah! quem não gostaria de saber sobre a vida no refúgio e quem é sua Dona? A Dona da alquimia da luz perfeita só pode ser ... A Poesia.

 

Indo adormecer a Poesia sussurra:

“Não ousarei jamais ficar sem as minhas Aves.”

 

Marli Franco

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Jardim das Nuvens


 

Jardim das Nuvens

 

Na varanda do meu olhar

Olhei o jardim das nuvens

É tão alto as belas nuvens

E tão, tão abaixo aqui o meu olhar.

 

As nuvens lá no alto remodeladas

Em todo momento nas mãos do vento

As figuras são refeitas brincam no tempo

Eu aqui embaixo desejo alcançá-las.

 

Na varanda uma folha é o verde olhar

Na alma inquieta faz caminhos a cantar

 Nas flores emoção fluindo nas estações.

 

O vento faz carícias no momento

Os lábios recebem beijos...está chovendo

Nas nuvens supomos a chover dois corações.

 

Marli Franco

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Encanto Inevitável

 




Encanto Inevitável


No encanto do silencio da tarde olho o verão com sua a preguiça costumeira.

Voei nos dias encontrei as ruas da sabedoria. Observei os caminhos íngremes na busca e resolvi trilhar na beleza inerente, da quietude da minha alma.

 

A suavidade é meu manto nesta jornada, em cada passo meus pés sentem a maciez da Terra no verde da relva. A magnitude do Ar que respiro tão leve, que se faz de brisa ou vento e enrola meu sorriso graciosamente.

 

O encantamento vem das águas, a fonte motriz no corpo e tão rainha do meu íntimo em cada emoção. O doce murmúrio das águas sempre me envolve em solitude é nestas águas internas que passeia a minha Poesia.


O entendimento assim vem na jornada...Recria o universo íntimo a cada girodas horas eternas da evolução.

O conhecimento da espiritualidade nos acalenta, com a “dádiva valiosa” que a sabedoria é um Bem pleno.

E Amar é o infinito ato da perfeição...

 

Marli Franco

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O Perfume das Palavras


 

O Perfume das Palavras



Com as flores ouvi minha voz

Nas suas cores olhei o mundo

No jardim achei o meu lugar

Na solitude absorvi a paz.

 

Nos espinhos das rosas entendi

As pedras que têm no caminho

No nascer e no cair das pétalas

Encontrei todas as respostas.

 

O céu é o infinito do olhar

A terra a seiva para viver

A chuva a beleza de renascer

O vento a viagem para crescer.

 

Nas flores o silencio fala

No silencio encontro a Poesia

O sereno até brilha nas flores

No luar o perfume das palavras.

 

Marli Franco

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Tempo ao Verso

 




Tempo ao Verso

 

Esperei a voz do amanhã me acalmar, aquela que soa nos bambuzais e traz para mim o encanto da solitude.

O transmutar nos caminhos da solitude me fazem regressar ao meu próprio compasso das notas da minha alma.

 O meu passo no meu tempo em que eu sou ave do meu íntimo de mãos dadas com a minha companhia a suavidade.

Esperei a voz do amanhã, a voz do sol aquecendo os meus pensares. Despertando as margaridas plantadas nas eras de aquário, para honrar o sol no meu ser silencioso, nas cascatas da minha poética interna.

O tempo e a poética não fluem na mesma onda. Ando assim quando tenho tempo foge a estesia das mãos, quando não tenho tempo surge ela com toda magia.

 E assim vou na expressão   do meu desejo irreverente, revendo meus versos soltos em busca de espaço para singrar no meu mar da Poesia.

Em tempo ao verso que amo...


Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®





Haikai em Especiarias Páprica



 


 

Haikai em Especiarias

Páprica

 

Vem dos pimentões

Da América é a páprica   

Dá cor e sabor.

 

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®

 


*A páprica é derivada de pimentões secos e moídos. Especialmente em culinárias húngara e espanhola.


Haikai em Especiarias Cravo -da- Índia

 



Haikai em Especiarias

Cravo -da- Índia

 

Das Ilhas Molucas

Pratos doces, salgados

Até os perfumes.

 

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®

 


* O cravo era uma especiaria rara e valiosa

 na Europa medieval.


Haikai em Especiarias Coentro

 




 


Haikai em Especiarias

Coentro

 

Longa história

Saladas e cozidos

Vem lá do Egito.

 

 

Marli Franco

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*O coentro tem uso culinário e medicinal.


Dança ao Luar

 


Dança ao Luar




Danço ao te olhar no fundo da tua alma

Com o fascínio dos sentidos no teu olhar

O crepúsculo em parceria com um beijo

E o meu corpo se preparando para girar

Nas tuas mãos que vem me acompanhar.



Danço quando o tudo vier a nascer

Tal e qual um jardim a florescer

Um complexo místico do teu desejo.

Exalando no ar o sutil perfume

Da rosa, das sílabas da tua boca.



Danço quando o som do violino surgir

A saia a te provocar sem pensar

Leve girando coloridos tecidos no ar

Enquanto tuas mãos de dançarino

Preparam-se para me aprisionar.



Danço quando os acordes falarem

Os nossos pés nos mesmos compassos

O leque das mãos no cetim da tua camisa

Mistério meu e teu no mesmo sorriso

E assim agitando os nossos movimentos.



Danço em um interlúdio das estrelas

Aos significados dos quatro elementos

Um fetiche em plena cena com o pudor

Surgindo assim leve e livre para brindar

Início de agosto em pleno luar.



Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®






Dança Cigana


 

Dança Cigana



Juro que vestirei a longa saia rodada

Colocarei pulseiras douradas

Colares de festa e blusa de seda

Dançarei sonhos noite a fora em volta do fogo...

Juro que serei apenas uma dançarina

Com uma flor sagrada nos cabelos

E o profano incendiando

O corpo com giros de desejos...

Juro que te darei a sedução em um xale

Transparente caindo na minha cintura

Deslizando pontas de movimentos

Conforme a música de um violão

Surgir na calada da tua imaginação...

Juro que trarei um pandeiro com fitas

Com tua inscrição colorida

Bailarei só pra teu olhar

Quando meu leque movimentar

No momento que a lua

No céu surgir pra me iluminar...

Juro pelo ar, pelo fogo, pela água.

E por fim juro pela Poesia dentro de mim

Que faz nascer esta dança pra ti.

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®




Cigano

 


Cigano



Sei que prendeu com teu olhar de lince

Durante a dança a cor da pele escondida

Dancei em teu peito de cigano fiz um lance

Mas em cada dança fiquei mais perdida.



Sei tuas mãos fizeram marcas e flagrou

Tuas garras salvaram do fogo não de você

Quando na fogueira meu xale queimou

Cigano como pode, tornar a captura tão doce?



Sei no final da dança gritou para seu cavalo

E tal qual um alado ele surgiu do simples nada

O final o compasso se uniu ao momento do regalo

Uma fuga concluiu em tua garupa por ti planejada.



Sei que capturou em tua criação uma zíngara

Mas doce nômade, qual dança agora surgirá?

Direitos Autorais Reservados®




Haikai em Especiarias* Noz Moscada

 




Haikai em Especiarias

Noz Moscada

 

Das Ilhas Banda

Especiaria valiosa

Sabor nos pratos.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®