"A minha escrita permeia sentidos românticos,

restaura a solitude e acolhe a beleza da vida

para ser-te Poesia."

Marli Franco


Sabor de Profecia


Um beijo de amanhã com sabor de profecia

Une nossos lábios com um feitiço de alquimia

Nas tuas mãos serei o destino da tua ilusão

Fascinada na tua química ,cai no teu coração.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Sonhos de Avelãs




Sonhos de avelãs

Amo o teu sentir
Que cativa minha alma
Como as chuvas
Que despertam as manhãs
Lembra as sementes
Dos girassóis respirando o dia
Sonhos de avelãs nas mãos
Repletas de ousadias.


Amo o teu sentir
Que desperta em minha alma
Como um buquê de espumas do mar
Que me cobrem de branco
Girando, envolvendo em maresias
Revelando a onda carmim
Na sensação de amor em mim.


Ama o meu sentir
Chegue às tuas mãos
Transmutando em estrelas
Que de cada uma desintegre
Um beijo de palavra perfeita
Calada, colada em teus lábios
Falando do meu amor por ti.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


Tradução feita pelo Poeta Juan Olivas,do Fórun Poesia Pura,
a quem agradeço de coração
pelo trabalho que une nossos idiomas em Poesia.

Sueños de Avellanas

Amo tu sentir
Que cautiva mi alma
Como las lluvias
Que despiertan las mañanas
Despiertan las semillas
De los girasoles respirando el día
Sueños de avellanas en las manos
Repletas de osadías.

 
Amo tu sentir
Que se despierta en mi alma
Como un montón de espumas del mar
Que me cubren de blanco
Girando,envolviendo en marejadas
Revelando la onda carmesí
En la sensación de amor en mí.

 
Ama mi sentir
Llegue a tus manos
Transmutando en estrellas
Que de cada una desintegre
Un beso de palabra perfecta
Callada, pegada en tus labios
Hablando de mi amor por ti.


Eu estou a um passo de ti Poesia!


Eu estou a um passo de ti Poesia!

Em minhas mãos luvas brancas e no pensamento as tintas do universo.
Na música quero descobrir como chegar à quietude.
 Quero ver como minha calma vai gerar os mecanismos na persistência.
 Eu quero ver os meus dedos se alongando e o meu olhar brilhando com a instigante busca, vou ainda sorrir.

Nas letras quero um céu de estrelas para observar apenas o Poeta dormindo, com os versos caindo nas mãos.
Vou sorrir quando ele acordar nu, com os lençóis de palavras tentando se enrolar.
Vai ser divertido ver o Poeta surpreendido no meio da cama , no raiar do dia com a porta do coração aberta.

Quero um gosto de sol, água da chuva, o mar sorrindo na boca do trovão.
 O ar feito purpurina voando na língua do vento com as falas do dragão.

Eu me esforço, me surpreendo, estou continuamente aprendendo, luto e avanço, pois sou verdade em mim mesma.

Sei que o veredito final é sempre do silêncio e a palavra muda é muito esperta, mas continuo a jornada na vinha seleta.

Gosto das minhas linhas voadoras, do meu amor eterno e da água que jorra em minha ânfora.

Na minha estrada...

Eu estou a um passo de ti Poesia!

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

Tradução feita pelo Poeta Juan Olivas,do Fórun Poesia Pura,
a quem agradeço de coração
pelo trabalho que une nossos idiomas em Poesia.



Estoy a un paso de ti Poesía!

En mis manos guantes blancos y en el pensamiento las tintas del universo.
En la música quiero descubrir cómo llegar a la quietud.
Quiero ver como mi calma genera los mecanismos en la persistencia.
Quiero ver mis dedos alargándose y mi mirada brillandocon la estimulante búsqueda, voy aún a sonreír.

En las letras quiero un cielo de estrellas para observar sólo el Poetadurmiendo, con los versos cayendole en las manos.
Voy a sonreír cuando él despierte desnudo,
con las sábanas de palabras intentando cubrirse.
Va a ser divertido ver el Poeta sorprendido en medio de la cama ,al rayar del día con la puerta del corazón abierta.

Quiero un gusto de sol, agua de la lluvia, el mar sonriendo en la boca del trueno.

El aire hecho purpurina volando en la lengua del viento con las hablas del dragón.

Yo me esfuerzo, me sorprendo, estoy continuamente aprendiendo,luto y avance, pues soy verdad en mí misma.

Sé que el veredicto final es siempre del silencio y la palabra mudaes muy despierta, pero continúo la jornada en la viña selecta.
Gusto de mis líneas voladoras, de mi amor eterno y de el aguaque corra en mi ânfora.

En mi camino...

Yo estoy a un paso de ti Poesía!

Café versos Sorvete



Café versos Sorvete

 

O ponto exato do sabor inigualável

Do quente e do frio dos pontos distantes

Sem desmedidos ajustes dos arremates

Entre as oscilações voláteis da temperatura.

 

A toalha alva sustenta o pires e a xícara

Que aparece para receber com aroma notório

O café exalando seu elixir dos diletos momentos

Lançando seu triunfo na mesa lotada dos apetrechos.

 

Invade um pensamento ousado

E surge sua majestade irreverente

O escandaloso sorvete se mostrando na taça

Lembrando sua realeza na contenda dos momentos.

 

No som dos sorrisos das conversas amigáveis

Com o pano de fundo do suave piano de cauda

O sorvete de creme invade o café nos toques da colher

A mistura é excêntrica o paladar reage na sublime fusão.

 

O café derrete o sorvete na xícara aquecida

Que deixa sua marca na espuma esquecida do vapor

Nos momentos especiais que a união consagra

Na estalagem o clima que flui é da mais tenra poesia.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®












O Amor e os Poetas







 

Brincar de Bola


O Jogo

A praça verde e escandalosa em sua exuberante mistura de tons desperta logo de manhã, com os passarinhos e a música de uma bola rolando.
Um grupo de meninos liberando o som alegre da batida do gol em uma rede que balança.
Os pés correm, a praça se encanta no meio das ruas abafando o barulho dos carros. É a infância que corre solta agitando a bandeira do futuro que se renova.
Um grito agoniado para o movimento do local. Surge a camisa toda suja de terra ,que caminha com seu dono em direção do socorro. Levando uma lágrima dependurada no rostinho que soluça.
Mas o jogo não para e assim a lágrima fica só com as marcas das mãos enxugadas. A camisa é apenas sacudida ,enquanto os pézinhos correm rápido para tomar novamente o lugar de direito no meio do campo. Afinal ele é o capitão do time.
O jogo caminha aos gritos da torcida que espera ansiosa a troca dos times. A bola rola e se assusta em cada grito que busca o gol.
O relógio vai marcando o tempo, fim do primeiro jogo. A praça só assiste sorrindo.
O time que perdeu sai entristecido e o que ganhou se afasta vibrando em um abraço apertado entre os amigos.
O campo adormece por instantes ,breves instantes...Outros pézinhos já logo surgem correndo em sua direção, com um grito escancarado é anunciando o próximo jogo.
E lá se vai o segundo time voando, levando a bola com garra , o jogo é da praça mas a vontade de ganhar é do coração que bate forte em um jovem campeão.
O relógio vai girando o tempo sem ser notado engole a manhã ensolarada.
Quando uma chamada , invade a praça, um coral de lamentações fica como pano de fundo. Os pés agora já não correm, se afastam lentamente numa tentativa de retardar a saída. A direção agora é apenas a da fila.
De bola de baixo do braço, um murmúrio de quem ganhou ou quem perdeu a fila vai se afastando.
O gramado vai silenciando paulatinamente, o som agora é só das aves. ..
O campo matreiro sorri ,com certeza abraçou amortecendo em sua terra bendita muitos tombos nesta manhã.
A praça agora descansa, amanhã nascerá outro dia de jogo, a bola vai rolar e com certeza poderá beber o néctar da infância.
E assim o país acordou em tempo de copa e com a vitória...
Em dia de festa com as praças e ruas rolando a bola nos pés dos garotos e as discussões de futebol balançando o coração dos adultos.
O verde e amarelo sorri no meio da metrópole do povo que tem esperança neste país que ainda é uma criança.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®

O Espantalho


O Espantalho



No meio da colheita
Desfila seu olhar
Ao acaso espreita
O dia que passa...


Quando nasce o sol
Já esta de prontidão
Na espera da vida
Faceira na criação.


Quando desce a noite
Beija a lua a musa
Encantado com o perfume
Lume o céu que cruza...

 
O mês é tranqüilo e faz de alguns dias mais belos que outros. Alguns dias cai do céu gotas de bela chuva de amor pela beleza do universo.
De amor o dia espera pela noite, triste nota os atos de destruição do animal racional.
O ser humano é imponente naturalmente .O impotente e imponente que sempre lança pedras quebrando o ecossistema perfeito e provando que ele tem muita estrada para percorrer e se tornar um ser criador.

Ah! O Espantalho fica lá mudo de olhar aguçado, pensando em tudo que passa pelos dourados trigais... Desde a pequena borboleta que pousa em seu chapéu para enfeitar suas vestes desajeitadas ,até o urubu buscando a carne apodrecida do inseto ou do homem que invadiu os abismos da destruição do seu habitat.

O Espantalho assim fica sem pressa de nada...
O espantalho sem relógio e sem hora, vendo o dia e noite fugindo sempre um do outro na incansável busca de um furtivo encontro. O dia e a noite formam um belo conjunto, um precioso casal na sua busca repetitiva de vem dia vai à noite do sentimento mais belo do universo, o Amor .

Espantalho, da família de muitos Espantalhos todos com bom provimento de palha boa e bem da cor dos trigais, olha como seria este Amor que mágica cativa tanto? E, no entanto, como estas palhas ficam perdidas nesta ilusão sem saber descrever a supremacia que merece o Amor e a criação.
 A natureza preciosa que vai assim se estendendo diante do olhar espantado quando entra o dia e depois cai à noite.
Quando a noite chega e continua de braços abertos, olhando não mais direto aos trigais, mas como um repouso merecido, o olhar se estende lá no azul cobalto do mais belo céu. Cativado pelas estrelas que enfeitam a magnitude do firmamento e ainda como para coroar tal beleza vem linda e faceira lua...
 Lua, que abusa e usa de todos os versos e prosas para se dar ao luxo de apenas ser citada já que é impossível olhar o céu e não buscá-la.

Então o Espantalho, pequeno aglomerado bem montado de palha, com todos os botões desta camisa emprestada. Ele fica parado respirando o perfume que a terra bendita exala, anunciando a chuva que vem de mansinho abençoar os trigais, no reino deste pequeno quintal.

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


 


Conto * O Olhar e a Sala-- -Capítulo IX - Veredicto Final


O Olhar e a Sala

Capítulo IX - Veredicto Final

 

A sala foi surpreendida em uma manhã ensolarada daquelas que o vento chega fazendo festa nas rodas da cortina, algo prometia logo mais, com certeza...

Era o Invasor apressando o passo no corredor e entrando na sala agitado com seu laptop escorregando sobre a mesa, sua pasta e seus muitos papéis de catedrático.

O peito arfava com algo em seu íntimo que acusava alguma decisão estava acertada. Ajeitou a cadeira, foi até a janela só para se acalmar, pois seu interior explodia...Ela a Íris o tinha levado à loucura com sua ausência proposital, com seus passos leves voltando no corredor; com suas indecisões cada vez mais temerosas, fazendo –o voltar às viagens coberto com o manto que ela usava de dúvidas; fazendo-o perder o gosto pela aventura, já que seu pensamento parecia colado ao seu nome.

Mas agora o limite tinha chegado...A decisão estava tomada e não era mais dela era só dele. tempo havia determinado o desfecho que ele queria, tinha sido seu copiloto nas artimanhas da vida.

Era só aguardar a chegada da Íris, pois ela viria, sentia dentro de si sua aproximação e tudo seria cobrado com juros acumulados, nesta ausência que o deixara com os nervos à flor da pele, a saudade queimando dentro de si e seu coração se rendendo em todas as lembranças dos encantos de um beijo, tudo seria cobrado sem piedade...

A sala tudo observava, sentia na mesa a fúria no teclado se agitando sob os dedos do Invasor, a prosa pulsava em sua mão e tomava vida no texto que assumia todas as linhas da estória e a poesia...

Ah! A poesia se aproximava no corredor com a suavidade e a temeridade de quem sabe que será subjugada, que antes de ser escutada o Invasor já falaria seu veredicto no desfecho desta estória de apenas nove capítulos.

E foi com este passo que a Íris abriu a porta fazendo o Invasor ficar surpreendido apenas em um minuto, com sua imagem e seu olhar de tom mais acentuado como as águas de um rio que cobria os do Invasor, tão negros como a noite, tão intensos como os seus mistérios.

Um segundo apenas bastou para a Íris sentir-se puxada em um abraço inesperado, que em seguida sem uma única palavra foi raptada por um beijo intenso sem meios ensaios, um beijo que trazia toda volúpia que a emoção consegue arremessar os amantes em uma entrega total e sem volta...

Não havia mais nada a fazer, só se render ao Invasor nesta ânsia e neste desejo abrasador que lhe consumia o ar, não havia mais volta, a entrega era total seus braços entrelaçados em abraços apertavam-se concordando com todos os sonhos mais loucos, tornando realidade todas as esperanças, mostrando que não haveria mais esperas. A decisão era esta, o jogo terminara sem vencedores apenas com a rendição da paixão de ambos e foi neste clima que uma única frase foi emitida, apenas para respirar o auge da posse. Quando o Invasor sussurra:

--Poesia, você é e será, sempre minha...

Então a Íris busca os seus lábios para jogar beijos de aceitação onde deposita os encantos das suas estrofes sob os lábios em Prosa do Invasor.

E assim silencia o vento nas rodas da cortina, aquece o sol pela fresta a sala, enquanto a Prosa e o Poema se amam intensamente nos quadrantes do tapete, sob o olhar cúmplice da arca que sorrindo sabe mais uma estória de amor seria fechada e guardada em suas gavetas no meio dos guardanapos de branco linho.

A Íris e o Invasor se transformam em Prosa e Poema e caminham sem pressa nos laços de abraços na mesma inspiração que só uma paixão tem o dom de criar e na escrita perpetuar.

Se o Invasor no início dos capítulos era amante da prosa hoje tem como melodia som da poesia e se a Íris era apenas versos hoje possui descontraída nas mãos as linhas da prosa para navegar além das estrofes.



Invade a prosa no poema

Sem aviso penetra nos versos

Faz acordes de rimas esquecidas

Tece abraços nas janelas dos parágrafos

 

Entrega-se o texto nas reticências...

Apaixona-se pelo encanto nas entrelinhas

Nas paralelas da liberdade esconde a métrica

Mas não perde a melodia de amar a poesia.



Sem perceber ambos se completam

Nas mesmas linhas, nos mesmos parágrafos.

Juntos possuem os mesmos pontos

Em seus corpos os mesmos sonhos.



Então se encerra uma só conclusão

Na arte da escrita a estrada se veste

Ora de prosa ora de poesia para expandir

A inspiração na arte do amor na criação. 

Fim 

Marli Franco
Direitos Autorais Reservados®


 

 












Conto * O Olhar e a Sala-Capítulo VIII....Caminhos Incertos




O Olhar e a Sala

Capítulo VIII - Caminhos Incertos

 

O tempo na sala ficou ausente, tinha parado e tudo parece que estava estagnado sem a presença dos dois personagens principais que fazia a sala pulsar.

A vida andava diferente com a presença de ambos, a sala sentia o palpitar em cada olhar e girava removendo ilusões e sonhos que faziam até a arca tão silenciosa participar com o abre e fecha das suas gavetas na marcação de mais uma estória.

O invasor havia resolvido voltar das suas viagens, era um andarilho nato e a íris poderia fazer sua vida mudar, ele ainda não queria sentir todo aquele sentimento que tinha vindo pegar seu coração de surpresa.

A íris por sua vez queria voltar ao seu tempo, sem nada para perturbar sua vida tão sem movimentos bruscos, queria de volta sua estabilidade onde seus sentimentos caminhavam sob a luz do passado, o presente era fictício e o futuro apenas reprise do presente.

O invasor com seu porte e dominante a perturbava em demasia, subjugava sua vontade e isso seria muito para retirar do seu mundo e estilhaçar seu coração. O pavor de tanta mudança estava rondando e tudo isso era assustador.

Se por um lado o invasor era parte fundamental na sala, por outro o seu recanto sem ele ficava estranho.

A cortina já não brincava com o sol parecia querer e ser telespectador de uma cena que ainda não acabara. A mesa anfitriã estava estática esperando a chegada de ambos, pois até o vaso fazia apostas que ambos teriam que resolver o impasse. O tapete e a arca apenas observavam todas as apostas, na verdade a arca tinha um palpite, mas não queria fazer nenhum aparte, pois estórias de paixões assim eram sempre guardadas em suas gavetas.

O dia se findava, mais um dia se passou e a sala não teve visitantes, estranho que se ouvia passos chegando até a porta... Parava ... E retrocedia... Se distanciando ao longe...

A arca tinha observado tudo, tinha certeza de que tanto a íris como o invasor, ambos tentaram voltar para sala, mas algo os detinha...

Incrível como um beijo pode atingir os amantes, deixando-os na mais louca indecisão de mudar caminhos e alterar o cotidiano.

A íris com sua poesia e o invasor com suas prosas ambas envolvidas na mesma linha e ambos tentando fugir das linhas já traçadas pelo destino.

Existe um tempo que uma prosa pode se transformar em poesia, mas e uma poesia poderia também se vestir em prosa?

Tudo a arca questionava e muitos detalhes da sala ela observava, com certeza saberia o desfecho de toda trama, mas estava silenciosa ainda não era o momento de revelar aos seus ocupantes qual seria o final...

Mais um final se preparava com certeza, fosse prosar ou poesia, um final era inevitável para resguardar mais uma vez as letras, nas gavetas dos seus mistérios mais um romance ali passado...


Clareia o sol carregando meus passos

Lembra teus abraços me buscando

Que se lança em seus lábios sorrindo

Na magia da vida que se pronuncia

O cristal da tua vontade que aguça

No cálice de um desejo impossível

Pedinte de licores de pétalas suaves

A sorver na fragrância de uma fantasia

O elixir do Éden na poesia.

 

Marli Franco

Direitos Autorais Reservados®